Período agitado de fusões e aquisições à indústria de embalagens e rótulos global

Espera-se que a segunda metade do ano seja ainda mais ativa, com um número crescente de deals no chamado "middle market".
aperto de mão

Em meados de maio do ano passado, o private equity austríaco B&C adquiriu 80% das ações na Schur Flexibles (em posse da firma de investimentos Lindsay Goldberg), um convertedor bastante conhecido por suas soluções de embalagens flexíveis de alta barreira – pela bagatela de USD 1,09 bilhão.

A Lindsay Goldberg, que investiu na Schur em 2016, viu a receita de vendas aumentar mais de 50% para os €540m ($659m) no último ano. O EBITDA praticamente triplicou.

Em termos de infraestrutura, a Schur saiu de uma força de trabalho na ordem de 1200 colaboradores para mais de 2100, distribuídos em 22 sites ao redor da Europa. A Lindsay Goldberg permaneceu co-proprietária da Schur, com 20% das cotas.

Na última semana, a Schur anunciou a aquisição da Termoplast S.r.L., convertedora italiana especializada em filmes recicláveis e um dos pioneiros na Europa a oferecer soluções 100% recicláveis com PE MDO.

Com aproximadamente 100 colaboradores, o negócio familiar, agora gerido pela segunda e terceira gerações, reportou uma receita ao redor de € 50 milhões em 2020, com uma produção média de 28 mil toneladas de embalagem ao ano. O valor da transação não foi revelado.

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Caminhando para seu primeiro bilhão de dólares em receita anual de vendas, a convertedora norteamericana ProAmpac anunciou a aquisição da Ultimate Packaging, pioneira na oferta de embalagens flexíveis impressas tanto em flexografia quanto em digital no Reino Unido.

Os termos da transação não foram revelados. Todavia, é sabido que a Ultimate Packaging é atualmente uma das maiores convertedoras de flexíveis de todo o Reino Unido, com grande viés em inovação. A ProAmpac é propriedade da Pritzker Capital, em conjunto com outros investidores.

A adição da Ultimate Packaging, a quarta aquisição do grupo somente em 2021, amplia o alcance da companhia para 44 sites globalmente e mais de 5800 colaboradores, atendendo a uma carteira de mais de 5 mil clientes ativos distribuídos em 90 países.

Setores adjacentes à conversão e impressão também acusaram apetite nas últimas semanas.

A SunChemical e o grupo DIC concluíram a aquisição do negócio de pigmentos da BASF, uma unidade chamada de BCE (BASF Colors & Effects).

Com a unidade, espera-se um incremento nas vendas (especialmente em função da ampliação do portfólio e sinergias comerciais) ao redor de 1 trilhão de ienes (aproximadamente €8 bilhões) até 2025.

A italiana Fedrigoni completou a aquisição da norteamericana Acucote, fabricante de material autoadesivo para rótulos e etiquetas. É a terceira aquisição da empresa em 18 meses, considerando a compra da Ritrama e da Industria Papelera Venus, no México (a Acucote auferiu receita anual de vendas na ordem de USD 70 milhões em 2020).

No mundo dos rótulos e etiquetas, a MCC adquiriu a totalidade das cotas da Hexagon Holdings, que inclui as operações Hally Labels, Label Partners, Adhesif Labels, Hally Labels, Kiwi Labels and Rapid Labels (todas na Austrália e Nova Zelândia).

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Espera-se que a segunda metade do ano seja ainda mais ativa, com um número crescente de deals no chamado “middle market”. Com a incerteza do mercado financeiro, a busca pela economia real e o excesso de liquidez, é natural que haja essa intensificação e o setor gráfico – prioritariamente embalagens e rótulos – é uma tese robusta, tanto para investidores estratégicos quanto não-estratégicos.

Aguardemos pelas cenas dos próximos capítulos.

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