1º Congresso Latino-americano de Flexografia FlexoSummit é realizado com sucesso. A data do próximo já foi definida

430 profissionais da indústria flexográfica participaram do 1º Congresso latino-americano de Flexografia FlexoSummit, nos dias 22 e 23 de maio, na capital paulista, no Centro de Convenções SENAC.

430 profissionais da indústria flexográfica participaram do 1º Congresso latino-americano de Flexografia FlexoSummit, nos dias 22 e 23 de maio, na capital paulista, no Centro de Convenções SENAC. O foco desses profissionais era um só: buscar conhecimento e atualização sobre as tecnologias e práticas mais avançadas da flexografia no mundo e suas tendências e desafios futuros.

Pelos relatos de muitos deles ao Printnews, o objetivo foi alcançado e na volta para seus postos de trabalho já estariam com outra visão: ampliada sobre o presente e futuro da flexografia no Brasil e no mundo e uma certeza do quanto a indústria brasileira tem de fazer para ingressar neste futuro que já é realidade lá fora.

Palestrantes dos EUA, Europa, América Latina e Brasil foram os responsáveis pela bagagem de conhecimento e atualização transmitida durante os dois dias do evento, organizado e realizado pela ProjetoPack & Associados que acaba de anunciar a data da 2ª edição do FlexoSummit: 19 a 20 de maio de 2021.

Implantação das metodologias G7, GMI e FIRST, por Frank Burgos

Frank Burgos, um dos papas da flexografia mundial, com quase 40 anos de experiência na indústria de impressão flexográfica e conversão, Consultor e Treinador na indústria flexográfica, fundador do principal fórum eletrônico de especialistas em flexografia mundial e do canal no YouTube “UglyFlexo”. Em sua palestra, Frank deu uma aula sobre a implementação das metodologias que incorporam normas internacionais, como a G7, GMI e FIRST, as quais podem ser pensadas para todo o processo de impressão e pré-impressão.

O que se espera então é a certificação, a manutenção, os instrumentos e ferramentas adequadas e os funcionários com capacitação. A certificadora vai avaliar no convertedor todo o seu processo, começando pelo prepress: a infraestrutura digital que a empresa possui, workflow (como recebe seus arquivos), softwares e hardwares, segurança (se protege a sua empresa e a de seu cliente; no caso por exemplo de uma catástrofe há de se ter backups), se os equipamentos vão estar monitorados e calibrados.

Na impressão, a certificadora vai analisar desde a maneira como é feita a limpeza das impressoras, a organização das chapas (uso e arquivamento), transporte e limpeza constante dos cilindros anilox, cuidados com os substratos no ambiente, até envolver os fornecedores com o time da fábrica, entre outros. Frank ressaltou que para tudo tem que se ter padrão, nada pode mais ser feito de forma caseira, nem mesmo a limpeza das impressoras, como ainda é visto.

É preciso fazer certo da primeira vez, por Stefano D’ Andrea

Stefano D’Andrea, outro ícone da flexografia mundial, com mais de 30 anos de experiência, tem diversas atuações importantes na indústria flexográfica europeia, como: Consultor e Treinador do Comitê Técnico da ATIF (Ass. Tec. de Flexografia da Itália), Consultor Técnico da FTA Europe e Especialista nível 3 da certificação FTA/USA FIRST. É Consultor e fundador do portal e blog flexo.expert, primeiro exclusivamente dedicado aos problemas, causas e soluções da flexografia no mercado europeu.

Sua palestra levou os congressistas a refletirem: Nós realmente conhecemos a Flexo? Quais as principais características e vantagens que influenciam a produção? Quais os desafios dentro da gráfica? Por que paramos a impressão? O que determina a impressão de qualidade em flexografia? Comparando com os principais processos de impressão, mostrados por ele na tela, flexo é o único com chapa macia e o seu maior problema é o excesso de tinta quando da transferência do anilox para a chapa – “O anilox é muito importante na impressão e lembrem-se que todos os fornecedores de anilox podem dar as especificações a vocês para se obter a melhor transferência”.

Stefano deu várias dicas e orientações aos congressistas para aplicação em todo o processo de impressão e prepress, focadas essencialmente na importância de fazer certo da primeira vez: na pré-impressão é preciso investir em uma calibração, “não se pode ficar brincando de fazer provas”. Trabalhar com padrões, análise estatísticas dos resultados de impressão para ajudar a manter o processo dentro dos limites de controle durante a impressão e suas sucessivas repetições.

Gerenciamento de cor na visão do dono de marca BRF, por César E. Ribeiro

O momento mais aguardado por todos os congressistas foi o da palestra de César E. Ribeiro, Gerente de Artes Gráficas da BRF, um dos maiores compradores de impressos flexográficos do País e uma das maiores companhias alimentícias do mundo, com o tema “gerenciamento de cores na perspectiva do dono de marca”.

Cesar falou brevemente sobre as fases do processo de um produto BRF em toda a sua cadeia, desde a concepção do mesmo, registro, legislação, produção do grão até chegar à mesa, um processo bastante complexo antes de chegar à parte de embalagens. Apresentou números de produção que despertou o olhar de muitos convertedores pela grandeza, por exemplo: mais de 2.000 toneladas/mês de polietileno, mais de 900 ton/mês de polipropileno, mais de 10.500 ton/mês de papelão ondulado. Com 15 marcas de alimentos dentro da BRF, produzindo mais de 400.000 ton/mês de alimentos.

“O elo da companhia com os nossos convertedores é feito pelo nosso time de artes gráficas direto com os fornecedores de impressão, o time tem o envolvimento com as agências parceiras, é ele que manda o arquivo aprovado para o fornecedor de impressao. Gerenciamos cerca de 15 mil artes por mês, cerca de 100 a 150 operações de impressão por dia – números que justificam uma empresa de alimentos ter um time de artes gráficas internamente, como explicou César: “Se não o tivéssemos, a empresa gastaria em média R$ 1,5 milhões com operações de artes ao mês”.

Qual o prejuízo potencial de uma marca global, se ela não atinge a cor padrão? Os impactos são enormes: parada de máquina, quebra de contrato, atraso no embarque, gôndola vazia, atraso de produção – perda de dinheiro. César citou ainda os sistemas de provas nos quais a empresa investiu nos ultimos 10 anos e disse que em breve iniciará com aprovação de cor na nuvem. “O sonho é ver o fornecedor X e Y na tela do computador”, concluiu.

Outra parte da matéria sobre o evento traz um apanhado sobre as tendências e desafios da flexografia.

Para mais informações sobre o próximo Congresso, acessewww.projetopack.com.br

2º FlexoSummit: 19 e 20 de maio de 2021

 

 

 

Fonte: Lúcia de Paula – email: [email protected]
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