Estratégias de gestores de fundos de investimento e embalagens combinam?

Na última semana, a XP Investimentos lançou um relatório que facilita bastante a vida de empresários e investidores. O "Panorama dos Gestores" traz um apanhado geral das estratégias, visões e posicionamentos dos principais gestores de fundos do país, segregados em quatro grandes sessões: renda fixa, multimercados, renda variável e internacional.

Na última semana, a XP Investimentos lançou um relatório que facilita bastante a vida de empresários e investidores. O “Panorama dos Gestores” traz um apanhado geral das estratégias, visões e posicionamentos dos principais gestores de fundos do país, segregados em quatro grandes sessões: renda fixamultimercadosrenda variável e internacional.

É um documento denso, com mais de 200 páginas. Se você ou a empresa tem alguma posição no mercado financeiro, sugerimos ao menos uma folheada rápida (mais prático do que ler os diversos relatórios e análises semanalmente). Para facilitar a vida:

Para facilitar “ainda mais a vida”, fizemos a nossa leitura integral, e identificamos as correntes principais de posicionamento dos fundos no momento atual:

  • Há os que estão se posicionando em empresas com receitas dolarizadas, em boa parte, commodities. O dólar, aliás, é o hedge natural para boa parte dos fundos neste momento de incerteza econômica imposta em grande parte, pela covid;
  • Há fundos que apostam nas empresas do tipo “tanque de guerra”, fortemente capitalizadas, com baixo risco de insolvência, geralmente líderes setoriais. Cá entre nós, não há tantas assim na bolsa;
  • Os fundos mais arrojados, buscando oportunidades ao identificar as maiores diferenças de valuation: empresas que, por conta do lockdown e seus reflexos, estão valendo significativamente menos do que, de fato, valem;
  • Existem ainda os fundos que estão reforçando suas posições em setores temporariamente beneficiados pela covid: eminentemente, o varejo eletrônico e algumas empresas do setor de saúde.
  • Por fim – e aqui nos conectamos ao nosso setor de embalagens – é quase um consenso a orientação para empresas do setor chamado consumo cíclico. Faça chuva ou faça sol, as pessoas precisam comer, beber, higienizar-se e, em tempos mais ou menos curtos, repor coisas em suas casas. A maioria esmagadora das empresas categorizadas nesta seara são grandes consumidoras de embalagens, rótulos e etiquetas.

Em tempo: com a mudança do chamado Policy Mix do Ministro Paulo Guedes, o melhor cenário possível ainda será de cambio apreciado (dólar alto em relação ao real).

Isso significa que, aos convertedores, exportar tem que estar na sua pauta estratégica.

Último, mas não menos importante comentário: aos fundos, indústrias de embalagens também são um investimento interessante. Veremos uma maior atividade de aquisições no setor assim que a confiança do mercado voltar. No primeiro quadrimestre de 2020, as fusões e aquisições no segmento de embalagens totalizaram USD 3,08 bi, com um aumento de aproximadamente 10% no número de deals em relação ao mesmo período do ano anterior (101 contra 92).

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